Eu vivo com HIV/AIDS desde 1997. A minha história com o vírus você jamais verá nas mídias ditas e pseudo profissionais. Até porque as mesmas não se interessam por pessoas que, "como eu, fazem parte da maioria absoluta que não distorce a realidade", para lacrar, influenciar, ganhar notoriedade, likes e monetizar. Eu sou um vencedor!

TRATAMENTO INOVADOR DE PREVENÇÃO AO HIV SERÁ INTRODUZIDO NO BRASIL

"A organização internacional Unitaid vai financiar a introdução no Brasil e na África do Sul de um tratamento preventivo inovador para o HIV (tratamento injetável de ação prolongada)".

Este programa é direcionado a um público muito particular: adolescentes e mulheres jovens da África do Sul, por serem atualmente as primeiras afetadas pelo HIV, as pessoas trans e homens que fazem sexo com homens no Brasil, que são também segmentos da população altamente afetados. "Em comunicado, a Unitaid explica que esta versão injetável da profilaxia pré-exposição (PrEP), também chamada de cabotegravir de ação prolongada, é a mais recente inovação na prevenção do HIV". 

Os Estados Unidos e a Inglaterra acabaram de aprovar esse sistema, embora ainda não esteja disponível. O custo nos Estados Unidos é de 22.000 dólares ao ano (por pessoa). Obviamente, não podemos ter um custo de 22.000 dólares por ano nos países em desenvolvimento. É por isso que a Unitaid existe e é por isso que negociamos com as empresas farmacêuticas para ter os custos mais baratos possível. O diretor Executivo da Unitaid, Philippe Duneton, "acrescentou que precisamos de ação urgente para garantir que as pessoas em todos os lugares possam se beneficiar".

"O tratamento demonstrou ser entre 70% e 90% mais eficaz do que a PrEP oral diária na redução do risco de infecção pelo HIV e requer apenas seis injeções por ano, de acordo com a organização".

Em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Brasil e a Wits RHI na África do Sul, além de autoridades de saúde dos dois países, a Unitaid acabará incluindo esse tipo de tratamento nos programas nacionais de saúde sexual. Na África do Sul, as adolescentes e as mulheres jovens apresentam taxas de infecção desproporcionalmente altas. Na África Subsaariana, as mulheres jovens têm o dobro de chances de se infectar com HIV do que os homens jovens.

"Graças aos investimentos da Unitaid, as comunidades brasileiras desproporcionalmente afetadas pelo HIV serão as primeiras do mundo a se beneficiar deste novo tratamento preventivo", elogiou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, no comunicado. No Brasil, 30% de transexuais e 18% dos homens que fazem sexo com homens vivem com HIV, segundo a Unitaid. A expectativa é que com mais opções de prevenção, seja expandida a cobertura para aqueles com maior risco de infecção pelo vírus.

De acordo com o diretor de Comunicação da Unitad no Brasil, Mauricio Cysne, as injeções proporcionam um método mais eficaz e mais discreto de prevenção do HIV, ajudando a reduzir o estigma e a discriminação que as pílulas podem causar. Para prevenir o HIV em grupos de alto risco, os investimentos da Unitaid no Brasil e na África do Sul possibilitarão alguns dos primeiros acessos ao novo medicamento de ação prolongada. O cabotegravir é um novo método alternativo de prevenção do HIV que substitui as pílulas diárias por uma injeção seis vezes por ano.

"A agência explica que a profilaxia pré-exposição oral, ou PrEP oral, pode prevenir a infecção pelo HIV em 99% dos casos, mas apenas quando tomada conforme prescrito".

DESAFIOS: Cysne afirma que, no Brasil, os programas visam atingir dois grupos com as maiores taxas de prevalência do vírus. Segundo as estimativas, 30% das pessoas trans e 18% dos homens que fazem sexo com homens  vivem com o HIV.  Assim, com mais opções de prevenção disponíveis, a Unitaid espera dar mais oportunidades para o uso de tratamentos preventivos e ajudar a reduzir a taxa de novas infecções pelo vírus da Aids em todo o mundo.

Segundo o Unitaid, o cabotegravir também auxilia nos desafios que os usuários enfrentam com as pílulas regulares, que reduzem o impacto da PrEP oral. O tratamento também ajuda a combater o estigma e a discriminação. O porta-voz do Unitaid, Hervé Verhoosel, afirmou que os novos produtos ampliam significativamente as opções oferecidas aos usuários, capacitando as pessoas a assumir o controle de sua saúde e selecionar o método mais adequado às suas preferências e estilo de vida.

A Unitaid é a agência especializada em criar acesso equitativo à inovação em saúde em países de baixa e média renda. Para esse projeto, e entidade fechou parceria com a Fiocruz no Brasil e com a Wits RHI, África do Sul. Também em colaboração com as autoridades locais de saúde, os parceiros integrarão produtos nos serviços de prevenção e saúde sexual existentes nos países participantes.

FONTE: ONU NEWS

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