Eu vivo com HIV/AIDS desde 1997. A minha história com o vírus você jamais verá nas mídias ditas e pseudo profissionais. Até porque as mesmas não se interessam por pessoas que, "como eu, fazem parte da maioria absoluta que não distorce a realidade", para lacrar, influenciar, ganhar notoriedade, likes e monetizar. Eu sou um vencedor!

AIDS MATOU QUASE 110 MIL CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO ANO PASSADO

Cerca de 110 mil crianças e adolescentes, de zero a 19 anos morreram de causas relacionadas à Aids em 2021.

Atualmente, o número de jovens vivendo com HIV é de 2,7 milhões, com 310 mil novas infecções. Os dados são do mais recente relatório global do Fundo das Nações Unidas para Infância, Unicef. O documento foi divulgado às vésperas do Dia Mundial de Combate à Aids, marcado neste 1 de dezembro.

A agência alerta que o progresso na prevenção e tratamento do HIV em crianças, adolescentes e grávidas quase estagnou nos últimos três anos. "E muitas regiões permanecem sem cobertura e serviços de saúde após a pandemia". Enquanto o número total de crianças vivendo com HIV está diminuindo, a lacuna de tratamento entre crianças e adultos continua crescendo. Nos países mais afetados, a cobertura para crianças ficou em 56% em 2020, mas caiu para 54% no ano passado. Entre as razões para esse declínio estão a pandemia de Covid-19 e outras crises globais, que aumentaram a marginalização e pobreza, mas também é um reflexo da diminuição da vontade política e de uma resposta debilitada à Aids em crianças. "Globalmente, apenas 52% de crianças vivendo com HIV tiveram acesso ao tratamento, nos últimos anos".

Apesar de representarem apenas 7% do total de pessoas vivendo com HIV, crianças e adolescentes representaram 17% de todas as mortes relacionadas à Aids e 21% de novas infecções por HIV no ano passado. "Para o Unicef, a menos que as causas das desigualdades sejam abordadas, será difícil erradicar a doenças entre crianças e adolescentes". Novas infecções por HIV entre crianças mais novas, de zero a 14 anos, caíram 52% de 2010 a 2021, e novas notificações entre adolescentes, 15 a 19 anos, também caíram 40%. Da mesma forma, a cobertura do tratamento antirretroviral ao longo da vida entre grávidas vivendo com HIV aumentou de 46% para 81% em uma única década.

A chefe adjunta de HIV/Aids do Unicef, Anurita Bains, alerta que, embora as crianças tenham ficado muito atrás dos adultos na resposta à Aids, a estagnação observada nos últimos três anos é sem precedente, colocando muitos jovens em risco de doença e morte. "Para ela, a cada dia que passa sem progresso, mais de 300 crianças e adolescentes perdem a luta contra a Aids". A cobertura entre todos os adultos vivendo com HIV foi 20% maior do que entre as crianças. A diferença é ainda maior entre crianças e gestantes vivendo com HIV. Já a porcentagem de crianças entre 0 e 4 anos vivendo com HIV e não recebendo tratamento aumentou nos últimos sete anos, subindo para 72% em 2021, tão alto quanto em 2012. Anurita Bains acredita que com compromisso político renovado para atingir os mais vulneráveis, parceria estratégica e recursos para ampliar os programas, é possível acabar com a Aids em crianças, adolescentes e grávidas.

A cobertura de tratamento para gestantes e lactantes caiu em 2020 em muitas regiões. Entre elas, Ásia e Pacífico, Caribe, África Oriental e Austral, América Latina, Oriente Médio e Norte da África e África Ocidental e Central. Ásia e Pacífico, Oriente Médio e Norte da África registraram novos declínios no ano passado. Exceto pela África Ocidental e Central, que segue com a maior carga de transmissão vertical, a de mãe para filho, nenhuma das regiões mencionadas recuperou os níveis de cobertura alcançados em 2019. "Essas interrupções colocam a vida dos recém-nascidos em maior risco. No ano passado, mais de 75 mil novas infecções infantis ocorreram porque faltou diagnóstico para as gestantes e, por conseguinte, tratamento".

FONTE: ONU NEWS

TRATAMENTO PRECOCE DO HIV/AIDS TRAZ BONS RESULTADOS

Alguns avanços científicos têm possibilitado que pessoas com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) tenham melhor qualidade de vida.

Reconhecido na década de 1980, o HIV é o causador da síndrome da imunodeficiência humana (Aids), que tem como característica o enfraquecimento do sistema imunológico e o desenvolvimento de doenças oportunistas especialmente nos pulmões, no trato intestinal, no cérebro e nos olhos.

Em 2021, de acordo com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), 38,4 milhões de pessoas viviam com HIV em todo o mundo. Segundo dados divulgados em julho, no Brasil havia 960 mil acometidos. Até janeiro de 2022, conforme o Ministério da Saúde, 694 mil pessoas estavam em tratamento. No ano passado, 45 mil iniciaram a terapia antirretroviral, que age inibindo a multiplicação do vírus. Os indícios de que os antirretrovirais seriam relevantes também na prevenção da Aids, e não apenas no tratamento dela, começaram a surgir em 2008. A partir de 2012, foi adotada no País a recomendação de uso desses medicamentos quando a contagem de células de defesa (CD4) estivesse inferior a 500 por milímetro cúbico (500/mm³), taxa que, anteriormente, era de 350 por milímetro cúbico (350/mm³).

Agora, um novo estudo apresentado em outubro na IDWeek Conference in Washington, nos Estados Unidos, apontou que começar o tratamento quando a infecção pelo HIV está no início, ou seja, quando o sistema imunológico é mais forte, proporciona melhores resultados para a saúde. Na pesquisa, um grupo de participantes iniciou o tratamento quando a contagem das células estava acima de 500/mm³, com média de 648/mm³, e o outro grupo com 460/mm³. Foram acompanhadas 4.446 pessoas, e foi demonstrado na comparação entre os grupos que o tratamento precoce melhora de forma significativa a saúde, além de diminuir a possibilidade do desenvolvimento da Aids e de outros problemas graves.

Quais são os cuidados necessários para pacientes com HIV?

Além da importância do diagnóstico e do tratamento precoce, é fundamental que os pacientes façam uso dos antirretrovirais corretamente, sem esquecer ou abandonar a terapia, para que a doença não evolua e para garantir certa qualidade de vida. Também é necessário que tenham outros cuidados, como o acompanhamento por profissionais de Saúde, a realização de exames de rotina, a contagem de linfócitos CD4, uma alimentação equilibrada e a prática de exercícios físicos.

Não há cura para o HIV, mas se as orientações forem seguidas da maneira certa podem resultar no controle da infecção e na diminuição da carga viral no organismo para um nível denominado indetectável, o que significa que o vírus deixa de poder ser transmitido. A pessoa soropositiva pode não desenvolver Aids se realizar o tratamento adequado.

Quais são os sintomas e como é feito o diagnóstico?

A transmissão do HIV ocorre por meio de relações sexuais sem proteção, objetos perfurantes (como agulhas contaminadas), transfusão de sangue e de mãe para filho durante a gravidez, no parto ou na amamentação, quando não é feito o tratamento adequado. Após a infecção, a quantidade do vírus aumenta com rapidez, na fase que é classificada como aguda e pode durar semanas. Os sintomas possíveis são febre, perda de peso, dor de cabeça, dor de garganta, cansaço, diarreia, tosse seca e suores noturnos. Esses sinais muitas vezes são confundidos com gripe, portanto é preciso ter atenção.

A segunda fase é a de latência, que pode durar vários anos, inclusive sem sintomas. A terceira fase é quando, sem tratamento, o HIV evolui para a Aids. O diagnóstico é feito por meio da coleta de sangue ou por fluído oral, exames que podem ser feitos gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). O alerta é para que, diante de qualquer situação de risco a que tenha sido exposta, a pessoa faça o teste anti-HIV. Esses exames buscam anticorpos contra o vírus, e a infecção pode ser identificada em cerca de 30 dias após a exposição. A principal forma de prevenção contra o HIV e a Aids é o uso de preservativos, tanto o masculino quanto o feminino.

Fontes: Science Daily, Ministério da Saúde,

 Unaids, Fapesp

MEDICAMENTO INJETÁVEL CONTRA AIDS PODE SALVAR MILHÕES DE VIDAS

 Foto: UNAIDS

A empresa farmacêutica que produz o cabotegravir (CAB-LA), ViiV Healthcare, comprometeu-se em julho, durante a Conferência Internacional sobre AIDS em Montreal (AIDS 2022), a compartilhar sua tecnologia e garantir um preço acessível para o CAB-LA injetável de ação prolongada. 

Mais de 100 dias após o anúncio, ativistas da área pedem que a empresa dê os próximos passos fundamentais para salvar milhões de vidas, como por exemplo, informar qual será o novo preço do medicamento para um grupo de países de baixa e média renda. 

O diretor-executivo adjunto do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), Matthew Kavanagh disse que as medidas corajosas que podem ser tomadas pela farmacêutica para salvar vidas incluem assegurar o registro junto às agências de medicamentos em todos os países com altas taxas de HIV, anunciar o menor preço e expandir o número de países permitidos no mercado de medicamentos genéricos.

Na Conferência Internacional sobre AIDS em Montreal (AIDS 2022), que ocorreu entre 29 de julho e 2 de agosto, a empresa farmacêutica que produz o cabotegravir (CAB-LA), ViiV Healthcare, comprometeu-se a compartilhar sua tecnologia e garantir um preço acessível para o cabotegravir injetável de ação prolongada. O anúncio gerou expectativa internacional, na medida em que o CAB-LA demonstrou ser uma ferramenta segura e eficaz de prevenção do HIV. Após 100 dias do anúncio, lideranças globais de saúde dizem que há uma necessidade urgente de que a ViiV dê os próximos passos fundamentais.

A ViiV comprometeu-se durante a Conferência em Montreal em reduzir o preço do CAB-LA para um grupo de países de baixa e média renda. No entanto, a farmacêutica ainda não informou qual será este novo preço. Ativistas que atuam no campo do HIV/AIDS defendem que o preço anual por pessoa precisa ser equivalente ao da PrEP oral, na faixa das dezenas de dólares, e não de centenas de dólares. Vários governos e agências financeiras indicaram interesse em comprar o CAB-LA para a PrEP se o medicamento for oferecido por um preço acessível. Ativistas demandam à ViiV que compartilhe de forma rápida e transparente os detalhes dos preços planejados.  

“A ViiV Healthcare precisa anunciar publicamente um plano de preços provisório, que priorize a acessibilidade a fim de que os países e os órgãos responsáveis pelas aquisições possam se planejar e comprar em larga escala”, disse o diretor nacional da The Clinton Health Access Initiative na África do Sul, Yogan Pillay. “Os governos e outras entidades compradoras só vão adquirir medicamentos injetáveis  de longa duração para o HIV em escala se estes forem acessíveis e se existir um cronograma claro sobre quando estarão disponíveis” .

Expansão - Embora o compromisso da ViiV de facilitar a produção genérica de CAB-LA por meio de um acordo com o Medicines Patent Pool (MPP) para uso em 90 países seja importante, especialistas sobre HIV estão pedindo à ViiV uma expansão de países habilitados a produzir o medicamento genérico a fim de acelerar o progresso no fornecimento do produto às pessoas que mais precisam. Pelo compromisso atual, 90 países de média e baixa renda estão habilitados, o que exclui dezenas de outros países de média renda, entre os quais alguns com altas taxas de infecção pelo HIV. Expandir a lista de países ajudaria a incentivar a produção genérica, ampliando o tamanho potencial do mercado.

“A ViiV Healthcare deveria permitir a produção e fornecimento de medicamentos genéricos em todos os países de média e baixa renda”, disse a diretora-executiva da International Community of Women Living with HIV East Africa (Comunidade Internacional de Mulheres Vivendo com HIV na África Oriental, em tradução livre para o português), Lilian Mworeko. “Qualquer coisa menos do que isso poderia significar que milhões de pessoas que precisam desses produtos não terão acesso a eles nos próximos anos. Cada dia de atraso representaria um fracasso na prevenção do HIV e nos afastaria ainda mais da meta de acabar com a AIDS como ameaça à saúde pública até 2030”, completa.

O diretor-executivo adjunto do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), Matthew Kavanagh, chama a atenção para o fato de que na Conferência sobre AIDS em Montreal, a ViiV deu os primeiros passos importantes para permitir que esta nova e poderosa ferramenta de prevenção chegasse a muitas pessoas. Mas ele defende que agora é hora de a ViiV tomar medidas corajosas e adicionais. “Estas medidas incluem assegurar o registro junto às agências de medicamentos em todos os países com altas taxas de HIV, anunciar o menor preço e expandir o número de países permitidos no mercado de medicamentos genéricos. Ações corajosas da ViiV neste momento podem ajudar a salvar milhões de vidas”, finaliza.

FONTE: ONU

CONHEÇA A IMPORTÂNCIA DO CONCEITO INDETECTÁVEL IGUAL A INTRANSMISSÍVEL

Quando uma pessoa que convive com HIV passa seis meses consecutivos com a carga viral baixa, considera-se que ela está indetectável e não transmite mais o vírus!

Para quem convive com o vírus da imunodeficiência humana (HIV, na sigla em inglês) os termos indetectável e intransmissível são comuns. Entretanto, pessoas que não têm contato com estas palavras, frequentemente, constroem uma ideia errada do significado delas. Dessa forma, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio da Coordenadoria de IST/Aids, "explica que ambos os vocábulos dizem respeito aos baixos níveis de carga viral no organismo e, consequentemente, a intransmissibilidade do vírus via relações sexuais".

Na capital, pessoas que convivem com o HIV recebem atendimento nos dez Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs), sendo um deles itinerante, e 17 Serviços de Atenção Especializada (SAEs). É neste último ambiente que consultas médicas e tratamentos são oferecidos à população. Além disso, nos SAEs, é possível dar continuidade ao tratamento feito com a terapia antirretroviral (TARV), iniciado em qualquer unidade da Rede Municipal Especializada (RME).

Terapia antirretroviral (TARV):

A TARV é o método que possibilita pessoas soropositivas viver com mais qualidade de vida e bem-estar. O uso desta terapia medicamentosa reduz as complicações relacionadas às infecções pelo HIV e a transmissão do vírus. No entanto, para melhor eficácia é necessário que o paciente realize a adesão completa ao tratamento e, para isso, a população pode contar com o acolhimento e o acompanhamento das equipes multidisciplinares da rede municipal de saúde.

De acordo com a coordenadoria, é a efetividade da TARV que possibilita a redução da carga viral no corpo até chegar a níveis indetectáveis. Isso acontece quando uma pessoa que convive com o HIV passa a realizar exames – por pelo menos seis meses consecutivos – e a carga viral se torna tão baixa que as avaliações não podem mais detectar o vírus. "Como resultado deste processo, a possibilidade de transmissão deixa de existir e o paciente se torna indetectável, ou seja, intransmissível".

Contudo, "a TARV não é uma proteção contra outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)". Neste sentido, os CTAs da capital distribuem gratuitamente preservativos internos e externos, que são métodos de barreira altamente eficientes. Além disso, géis lubrificantes também são oferecidos e testes para o diagnóstico do vírus HIV, sífilis, gonorreia, hepatites B e C e clamídia são realizados para a população.

FONTE/LINK: SECRETARIA DA SAÚDE/SP