Eu vivo com HIV/AIDS desde 1997. A minha história com o vírus você jamais verá nas mídias ditas e pseudo profissionais. Até porque as mesmas não se interessam por pessoas que, "como eu, fazem parte da maioria absoluta que não distorce a realidade", para lacrar, influenciar, ganhar notoriedade, likes e monetizar. Eu sou um vencedor!

VACINA CONTRA HIV COMEÇA A SER TESTADA EM HUMANOS

A farmacêutica Moderna anunciou nesta quinta-feira que iniciou testes em humanos de uma vacina contra o vírus HIV. O ensaio clínico está em fase 1 e é realizado nos Estados Unidos, com a participação de 56 voluntários saudáveis que são HIV negativos. 

As primeiras pessoas do grupo de voluntários já começaram a receber suas doses na Escola de Medicina e Ciências da Saúde da Universidade George Washington, na capital americana.

A nova vacina usa mRNA, ou RNA mensageiro, que ensina as células do corpo a produzir proteínas que desencadeiam respostas imunes. Trata-se da mesma tecnologia utilizada na bem-sucedida vacina contra a Covid-19 da Moderna. 

O imunizante contra o HIV é desenvolvido em parceria com a Iniciativa Internacional pela Vacina da Aids (IAVI) e o Scripps Research Institute, nos Estados Unidos. 

O tratamento de doentes evoluiu e muitas pessoas infectadas pelo vírus conseguem viver longamente e sem complicações. No entanto, apesar de décadas de pesquisa, nenhuma vacina foi desenvolvida. "A busca por uma vacina contra o HIV tem sido longa e desafiadora, e ter novas ferramentas em termos de imunógenos e plataformas pode ser a chave para fazer progressos rápidos em direção a uma vacina eficaz e urgentemente necessária", disse um dos responsáveis pelo estudo.

SÃO PAULO É 1ª METRÓPOLE A RECEBER CERTIFICADO POR TER ZERADO TRANSMISSÃO VERTICAL DO VÍRUS HIV

Primeira metrópole da América Latina a eliminar a transmissão vertical, a cidade de São Paulo registrou este feito em 2019. Na época, o então prefeito da cidade, Bruno Covas, disse que estava muito feliz com a conquista. 

“Provavelmente São Paulo passa a ser a maior cidade do mundo a ter esse selo! Isso é fruto de um trabalho de longo prazo que teve total apoio durante nossa gestão. Uma conquista que será mantida com o apoio de toda a sociedade. Mas a luta continua. Ainda temos que impedir o avanço da doença e a falsa impressão que se criou que aids tem cura”, disse.

Neste 25 de janeiro, aniversário da cidade, a Agência Aids relembra que dois anos após ser certificada pelo Ministério da Saúde (MS) como município que eliminou a transmissão vertical do HIV, a cidade de São Paulo conseguiu a recertificação em 2021. A eliminação da infecção do vírus de mãe para o filho durante o período da gestação (intrauterino), no parto (trabalho de parto ou no parto propriamente dito) ou pelo aleitamento materno, juntamente com a redução da transmissão vertical da sífilis e da hepatite B, está entre as prioridades do Ministério da Saúde para controle das infecções sexualmente transmissíveis (IST) e das doenças de condições crônicas.

A capital possui uma rede de saúde complexa e integrada que resulta em uma cadeia de cuidados e proteção envolvendo a Atenção Básica, Especializada, Saúde da Mulher, Saúde da Criança, áreas que cuidam da Vigilância em Saúde, maternidades, entre outras. Outro fator é a adoção de programas como Mãe Paulistana, e as ações da Coordenadoria de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)/Aids, com todas as iniciativas de assistência e prevenção. A disponibilização do teste de HIV, monitoramento das gestantes e a capacitação dos profissionais para o cuidado contínuo estão entre as medidas adotadas pelo município de São Paulo.

Como o HIV pode ser transmitido pelo aleitamento, a Coordenadoria de IST/Aids oferta para todas as mães que vivem com HIV a fórmula láctea para alimentação do bebê e para os irmãos. Essa fórmula é dada até o primeiro ano de vida do bebê e depois substituída pelo leite integral até os cincos anos de idade. Antes mesmo de sair da maternidade, a mãe recebe um medicamento para inibir a produção de leite e sai de alta com a fórmula láctea.

Crianças com HIV no Brasil: Segundo o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, quanto à categoria de exposição entre os indivíduos menores de 13 anos, em 2019, a maioria dos casos (88,8%) teve como via de infecção a transmissão vertical. A taxa de detecção do HIV em crianças de 5 a 9 anos no ano de 2019 foi de 0,6% tanto no sexo masculino, quanto feminino.

A taxa de detecção de aids em menores de cinco anos tem sido utilizada como indicador para o monitoramento da transmissão vertical do HIV. Observou-se queda na taxa nos últimos dez anos, a qual passou de 3,6 casos/100 mil habitantes em 2009 para 1,9 casos/100 mil habitantes em 2019, o que corresponde a uma queda de 47,2%.

Todas as regiões do país apresentaram queda na taxa de detecção de aids em menores de cinco anos na comparação entre 2009 e 2019. A região com maior queda no período foi a região Sul, com 69,7% de declínio. A redução observada na região Sudeste foi de 43,8%; no Nordeste, de 43,3%; no Norte, de 29,8%; e na região Centro-Oeste, de 25,0%.

No Brasil, entre as mulheres, verifica-se que, nos últimos dez anos, a taxa de detecção apresentou decréscimo em todas as faixas etárias, sendo as de 5 a 9 anos, de 10 a 14 anos, as que tiveram as maiores quedas: 57,1%, 61,5%, respectivamente. Na população geral, as maiores reduções na mortalidade ocorreram nas crianças de 5 a 9 anos (50,0%) e de 10 a 14 anos (66,7%).

Em todo o mundo, dados da Unicef mostram que pelo menos 300 mil crianças foram infectadas pelo HIV em 2020, ou uma criança a cada dois minutos, disse o UNICEF em um relatório divulgado hoje. Outras 120 mil crianças morreram de causas relacionadas à aids durante o mesmo período, ou uma criança a cada cinco minutos.

O último relatório HIV and Aids Global Snapshot (disponível somente em inglês) adverte que uma prolongada pandemia de covid-19 está aprofundando as desigualdades que há muito impulsionam a epidemia de HIV, colocando crianças, adolescentes, gestantes e lactantes vulneráveis em maior risco de não ter acesso a serviços vitais de prevenção e tratamento do HIV.

O relatório observa que muitos países viram interrupções significativas nos serviços de HIV devido à covid-19 no início de 2020. O teste de HIV infantil em países com alta carga diminuiu em 50% a 70%, com novas iniciações de tratamento para crianças menores de 14 anos caindo em 25% a 50%.

FONTE: AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS

APROVADAS DUAS NOVAS OPÇÕES DE TRATAMENTO PARA BEBÊS E CRIANÇAS QUE VIVEM COM HIV NO BRASIL

Duas novas opções de tratamento para crianças que vivem com HIV foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Um deles é o antirretroviral Tivicay PD, para crianças e bebês a partir de quatro semanas de idade e com peso mínimo de 3 kg. O medicamento tem sabor de morango e poderá ser dissolvido em água, facilitando a ingestão, principalmente dos bebês.

Além dessa aprovação, a agência recentemente ampliou a recomendação do uso do Tivicay para pacientes acima de 6 anos, com peso superior a 20kg. Anteriormente, o medicamento era indicado apenas para pessoas que vivem com HIV acima de 12 anos (com peso superior a 40kg).

Para o gerente médico da GSK/ViiV Healthcare, Rafael Maciel, essas duas novas opções de tratamento trazem ainda mais esperança e novas oportunidades para o tratamento do HIV pediátrico no Brasil. “Com a aprovação de Tivicay PD 5mg, o tratamento para crianças pequenas se torna menos complexo, frente a melhor comodidade posológica e a possibilidade de prover a dispersão do comprimido em água. E, unindo com a ampliação da faixa etária de Tivicay 50mg, teremos mais opções terapêuticas disponíveis para ajudar crianças e bebês que vivem com HIV a terem uma melhor qualidade de vida”, enfatiza Maciel.

A introdução do tratamento antirretroviral diminuiu substancialmente a mortalidade e morbidade de crianças pelo HIV. Apesar dos avanços, particular atenção ainda deve ser direcionada a fim de acelerar os esforços no combate ao HIV entre as crianças. Segundo a Unicef, em 2019, 320 mil crianças e adolescentes foram infectados com HIV e cerca de 110 mil crianças morreram de Aids em todo o mundo. Já o relatório do Unaids, divulgado em julho deste ano, em 2020, as crianças representavam 5% de todas as pessoas vivendo com HIV no mundo, mas compreendia 15% de todas as pessoas que morreram de causas relacionadas à Aids. Ainda segundo o Unaids, cerca de 1,7 milhão de crianças entre 0 e 14 anos vivem com HIV.

No Brasil, milhares de crianças ainda vivem com HIV e os dados também preocupam. Segundo o mais recente Relatório de Monitoramento Clínico do HIV, do Ministério da Saúde, na faixa etária de crianças de 2 a 11 anos que vivem com HIV foi observado um aumento de 12% no início tardio ou não início do tratamento com antirretroviral, comparando 2009 com 2020. Ainda segundo o relatório, em 2019, 84% das crianças de 5 a 8 anos que vivem com HIV foram diagnosticadas, destas 78% estão em tratamento, das quais apenas 52% estão com carga viral indetectável. Já na faixa etária de 9 a 11 anos os valores são de 87% estão diagnosticadas, destas 81% estão em tratamento, das quais 57% apresentam carga viral indetectável.

Para o profissional, o tratamento do HIV pediátrico apresenta desafios e requer muitos cuidados. “Um dos principais obstáculos que enfrentamos no tratamento de HIV em crianças e bebês é a restrição nas opções de medicamentos. Fornecer tratamento seguro, eficaz e bem tolerado para as crianças que vivem com HIV é fundamental para garantir o controle da infecção e prevenir sua evolução para a Aids. A boa adesão à terapia antirretroviral traz grandes benefícios, entre outros fatores, a ampliação da expectativa de vida e o não desenvolvimento de doenças oportunistas”, ressalta. 

APROVADO 1° TRATAMENTO INJETÁVEL QUE PREVINE INFECÇÃO PELO HIV

"Um novo tratamento de prevenção do HIV aprovado pela FDA (EUA) requer apenas uma injeção a cada dois meses, em vez de comprimidos diários".

Embora seja um alívio para os milhões de pessoas em risco de contrair HIV, o atual tratamento existente de prevenção do HIV não é propriamente prático. "Mas agora, isso pode estar prestes a mudar, após a Food and Drug Administration (FDA), uma agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, ter aprovado injeções para prevenção do HIV, isto permite às pessoas em risco tomarem uma injeção apenas a cada dois meses". A injeção mostrou ser mais eficaz do que a medicação diária com comprimidos. Esta medicação é conhecida como profilaxia pré-exposição (PrEP). Pré-exposição porque é tomada antes da ocorrência de um comportamento de risco.

Sendo assim, a PrEP, que existe atualmente sob a forma de comprimidos, deve ser utilizada por pessoas não infectadas por HIV, de forma a impedir que se infectem. A obrigatoriedade de tomar um comprimido todos os dias muitas vezes faz com que as pessoas se esqueçam de ingerir o medicamento. Este novo tratamento foi criado pela farmacêutica britânica GlaxoSmithKlein, "e requer apenas seis injeções por ano, uma a cada dois meses".

"Esta injeção, administrada a cada dois meses, será crítica para lidar com a epidemia de HIV nos Estados Unidos, incluindo ajudar indivíduos de alto risco e certos grupos onde a adesão à medicação diária tem sido um grande desafio ou uma opção não realista", disse Debra Birnkrant, diretora da Divisão de Antivirais da FDA, em comunicado.

A injeção de prevenção do HIV é aprovada para adultos e adolescentes em risco com peso de pelo menos 35 quilogramas. O tratamento começa com duas injeções administradas com um mês de intervalo antes de passar para um regime bimensal. Em experiências laboratoriais, os pacientes que tomaram as injeções tiveram um risco 69% menor de contrair HIV, mesmo em comparação com aqueles que tomaram Truvada, um outro tipo de medicamento PrEP.

Este novo tratamento, O APRETUDE aprovado pela FDA, não apresenta apenas pontos positivos, tem também alguns contras. Os pacientes mostraram ter mais efeitos secundários, como dores de cabeça, febre e cansaço. Além disso, o Governo norte-americano exige que a maioria dos seguros de saúde cubram Truvada e Descovy (outra PrEP oral diária), mas atualmente não há essa exigência em relação à Apretude. O cenário piora tendo em conta que cada injeção tem um preço de 3.700 dólares. Ainda assim, é possível que, no futuro, as seguradoras sejam obrigadas a pagar pelas injeções de prevenção do HIV no futuro.

FONTE: FDA (EUA)