Eu vivo com HIV/AIDS desde 1997. A minha história com o vírus você jamais verá nas mídias ditas e pseudo profissionais. Até porque as mesmas não se interessam por pessoas que, "como eu, fazem parte da maioria absoluta que não distorce a realidade", para lacrar, influenciar, ganhar notoriedade, likes e monetizar. Eu sou um vencedor!

TODA SEMANA 5000 MULHERES JOVENS SÃO INFECTADAS PELO HIV

Segundo o Unaids, 53% das pessoas que vivem com HIV/aids no mundo são mulheres. Os dados são de 2020 e mostraram que há 37,7 milhões de pessoas no total, infectadas pelo vírus. O fato de a maioria da população que vive com HIV ser composta por mulheres, mostra o nível de vulnerabilidade a qual elas estão expostas em todos os continentes. 

As novas infecções pelo HIV foram reduzidas em 52% desde o pico em 1997. Mulheres e meninas foram responsáveis por 50% de todas as novas infecções em 2020. A mesma pesquisa mostrou que 79% das mulheres adultas com 15 anos ou mais tinham acesso ao tratamento, e que 85% das mulheres grávidas vivendo com HIV tiveram acesso a medicamentos antirretrovirais para prevenir a transmissão do HIV para suas crianças em 2020. Isso mostra que, na maioria dos casos, as mulheres descobrem o HIV durante o pré-natal. Além disso, o risco de contrair HIV é considerado 26 vezes mais alto para as trabalhadoras do sexo. Já a mortalidade por aids, diminuiu em 53% entre mulheres e meninas desde 2010. 

Na África subsaariana, seis em cada sete novas infecções pelo HIV entre adolescentes de 15 a 19 anos de idade estão entre meninas. As jovens mulheres de 15 a 24 anos têm duas vezes mais probabilidade de estarem vivendo com o HIV do que os homens. Cerca de 4200 adolescentes e mulheres jovens entre 15 e 24 anos de idade foram infectadas com o HIV a cada semana em 2020. Mais de um terço (35%) das mulheres em todo o mundo já sofreram violência física e/ou sexual por um parceiro íntimo ou violência sexual por um não-parceiro em algum momento de suas vidas. 

Em algumas regiões, as mulheres que sofreram violência física ou sexual do parceiro íntimo têm 1,5 vezes mais probabilidade de adquirir o HIV do que as mulheres que não sofreram tal violência. Na África subsaariana, as mulheres e meninas responderam por 63% de todas as novas infecções pelo HIV em 2020. Neste contexto pode-se entender a relevância de datas simbólicas como o Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março.

As histórias que remetem à criação do Dia Internacional da Mulher alimentam o imaginário de que a data teria surgido a partir de um incêndio em uma fábrica têxtil de Nova York em 1911, quando cerca de 130 operárias morreram carbonizadas. Sem dúvida, o incidente ocorrido em 25 de março daquele ano marcou a trajetória das lutas feministas ao longo do século 20, mas os eventos que levaram à criação da data são bem anteriores a este acontecimento.

Desde o final do século 19, organizações femininas oriundas de movimentos operários protestavam em vários países da Europa e nos Estados Unidos. As jornadas de trabalho de aproximadamente 15 horas diárias e os salários medíocres introduzidos pela Revolução Industrial levaram as mulheres a greves para reivindicar melhores condições de trabalho e o fim do trabalho infantil, comum nas fábricas durante o período.

O primeiro Dia Nacional da Mulher foi celebrado em maio de 1908 nos Estados Unidos, quando cerca de 1500 mulheres aderiram a uma manifestação em prol da igualdade econômica e política no país. No ano seguinte, o Partido Socialista dos EUA oficializou a data como sendo 28 de fevereiro, com um protesto que reuniu mais de 3 mil pessoas no centro de Nova York e culminou, em novembro de 1909, em uma longa greve têxtil que fechou quase 500 fábricas americanas.

Com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) eclodiram ainda mais protestos em todo o mundo. Mas foi em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro no calendário Juliano, adotado pela Rússia até então), quando aproximadamente 90 mil operárias manifestaram-se contra o Czar Nicolau II, as más condições de trabalho, a fome e a participação russa na guerra – em um protesto conhecido como “Pão e Paz” – que a data consagrou-se, embora tenha sido oficializada como Dia Internacional da Mulher, apenas em 1921.

Somente mais de 20 anos depois, em 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU) assinou o primeiro acordo internacional que afirmava princípios de igualdade entre homens e mulheres. Nos anos 1960, o movimento feminista ganhou corpo, em 1975 comemorou-se oficialmente o Ano Internacional da Mulher e em 1977 o “8 de março” foi reconhecido oficialmente pelas Nações Unidas.

FONTES: UNAIDS - AGÊNCIA DE NOTICIAS DA AIDS

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