Eu vivo com HIV/AIDS desde 1997. A minha história com o vírus você jamais verá nas mídias ditas e pseudo profissionais. Até porque as mesmas não se interessam por pessoas que, "como eu, fazem parte da maioria absoluta que não distorce a realidade", para lacrar, influenciar, ganhar notoriedade, likes e monetizar. Eu sou um vencedor!

SE CRIANÇAS COM HIV NÃO FOREM TRATADAS 50% MORRERÃO ANTES DE COMPLETAREM 2 ANOS DE VIDA

No sábado, 7 de maio, foi celebrado o Dia Mundial das Crianças Afetadas e Infectadas pelo HIV/aids. A data foi criada para lembrar a população que ainda temos no mundo crianças vivendo com HIV. É também um dia de reflexão sobre a importância do pré-natal.

Segundo dados do Unaids, atualmente 1,8 milhão de crianças entre 0 e 14 anos vivem com HIV em todo o mundo, e 1,7 milhão destas crianças estão na África. Embora em vários países, incluindo o Brasil, houve um declínio de novas infecções por HIV entre crianças, ainda estão nascendo crianças com HIV. Crianças nascidas de mães vivendo com HIV nem sempre estão sendo testadas. 

"Segundo dados da Unaids, se as crianças que vivem com HIV não forem tratadas, cerca de 50% poderão morrer antes de atingirem o segundo aniversário. É importante que todas as crianças e adolescentes vivendo com HIV tenham acesso à terapia antirretroviral".

Pelo menos 300 mil crianças foram infectadas pelo HIV em 2020, ou seja, "uma criança a cada dois minutos", segundo dados do Unicef. Outras 120 mil crianças morreram de causas relacionadas à aids durante o mesmo período, ou uma criança a cada cinco minutos. O Unicef advertiu que a prolongada pandemia de Covid-19 está aprofundando as desigualdades que há muito impulsionam a epidemia de HIV, colocando crianças, adolescentes, gestantes e lactantes vulneráveis em maior risco de não ter acesso a serviços vitais de prevenção e tratamento do HIV.

"A epidemia de HIV entra em sua quinta década em meio a uma pandemia global que sobrecarregou os sistemas de saúde e restringiu o acesso a serviços vitais. Enquanto isso, o crescimento da pobreza, problemas de saúde mental e abuso estão aumentando o risco de infecção de crianças e mulheres", disse a diretora executiva do Unicef, Henrietta Fore. "A menos que aumentemos os esforços para resolver as desigualdades que impulsionam a epidemia de HIV, que agora são exacerbadas pela covid-19, podemos ver mais crianças infectadas com HIV e mais crianças perdendo sua luta contra a aids".

"De forma alarmante, duas em cada cinco crianças vivendo com HIV em todo o mundo não sabem sua condição, e pouco mais da metade das crianças com HIV está recebendo tratamento antirretroviral (TARV). Algumas barreiras ao acesso adequado aos serviços de HIV são antigas e conhecidas, incluindo discriminação e desigualdades de gênero".

Segundo o Unaids e o Unicef, são três ações mais importantes para a prevenção da infecção pelo HIV em crianças:

* Em primeiro lugar, alcançar as mulheres grávidas com testes e tratamento o mais cedo possível – muitas crianças nasceram com o HIV porque suas mães não receberam nenhum tratamento para o HIV antes ou durante a gravidez ou amamentação.

* Em segundo lugar, assegurar a continuidade do tratamento e supressão viral durante a gravidez, amamentação e por toda a vida – muitas crianças adquiriram a infecção pelo HIV porque suas mães não continuaram os cuidados de saúde durante a gravidez e amamentação. 

* Em terceiro lugar, prevenir novas infecções por HIV entre mulheres grávidas e amamentando – novas infecções entre crianças ocorrem devido ao fato de a mulher ter adquirido a infecção pelo HIV durante a gravidez ou amamentação.

O SUS disponibiliza todas as ferramentas necessárias para a redução da transmissão vertical do HIV. "Apesar do grande progresso desde o início da epidemia, a resposta ao HIV ainda está falhando em relação às crianças".

Fonte: Agência de Notícias da Aids

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