O professor Jorge Simão Casseb, da Faculdade Medicina da USP e coordenador do Núcleo de Apoio à Pesquisa (NAP) em retrovírus do Instituto de Medicina Tropical (IMT) da USP, em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, explicou que, nesse período de pandemia, “a preocupação maior foi identificar pessoas que estão vivendo com HIV/AIDS, e ver se elas tinham maior incidência da doença [covid], mortalidade e internação”.
Casseb destaca que “a primeira impressão era que, de fato, os pacientes com HIV teriam um risco maior de óbito. Mas, por surpresa nossa e talvez […] nós tivemos durante esse período pré-vacina apenas um óbito de um senhor, que tinha várias comorbidades”. O professor também explicou que alguns pacientes foram hospitalizados ou ficaram na UTI entubados, mas, pelo que tudo indica, responderam bem. Como o número de pessoas na amostra não era grande, ficou difícil obter maiores conclusões.
Porém, “aparentemente não há um maior risco, mas vale ressaltar que essa nossa coorte não representa os pacientes vivendo com HIV da nossa população em geral”. Isso porque são pacientes com “uma boa adesão ao tratamento. Então, isso, talvez, tenha contribuído para esse desfecho um pouco mais seguro”, afirma Casseb. Para aqueles que não estão em tratamento antiviral, o professor ressalta que é bem provável que a covid cause maior dano do que talvez uma população que esteja sob controle e melhor do ponto de vista imunológico.
FONTE: JORNAL DA USP - AUTOR: PROFESSOR JORE SIMÃO CASSEB
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Respeitando será respeitado
(a), simples assim!