Eu vivo com HIV/AIDS desde 1997. A minha história com o vírus você jamais verá nas mídias ditas e pseudo profissionais. Até porque as mesmas não se interessam por pessoas que, "como eu, fazem parte da maioria absoluta que não distorce a realidade", para lacrar, influenciar, ganhar notoriedade, likes e monetizar. Eu sou um vencedor!

SÃO PAULO É 1ª METRÓPOLE A RECEBER CERTIFICADO POR TER ZERADO TRANSMISSÃO VERTICAL DO VÍRUS HIV

Primeira metrópole da América Latina a eliminar a transmissão vertical, a cidade de São Paulo registrou este feito em 2019. Na época, o então prefeito da cidade, Bruno Covas, disse que estava muito feliz com a conquista. 

“Provavelmente São Paulo passa a ser a maior cidade do mundo a ter esse selo! Isso é fruto de um trabalho de longo prazo que teve total apoio durante nossa gestão. Uma conquista que será mantida com o apoio de toda a sociedade. Mas a luta continua. Ainda temos que impedir o avanço da doença e a falsa impressão que se criou que aids tem cura”, disse.

Neste 25 de janeiro, aniversário da cidade, a Agência Aids relembra que dois anos após ser certificada pelo Ministério da Saúde (MS) como município que eliminou a transmissão vertical do HIV, a cidade de São Paulo conseguiu a recertificação em 2021. A eliminação da infecção do vírus de mãe para o filho durante o período da gestação (intrauterino), no parto (trabalho de parto ou no parto propriamente dito) ou pelo aleitamento materno, juntamente com a redução da transmissão vertical da sífilis e da hepatite B, está entre as prioridades do Ministério da Saúde para controle das infecções sexualmente transmissíveis (IST) e das doenças de condições crônicas.

A capital possui uma rede de saúde complexa e integrada que resulta em uma cadeia de cuidados e proteção envolvendo a Atenção Básica, Especializada, Saúde da Mulher, Saúde da Criança, áreas que cuidam da Vigilância em Saúde, maternidades, entre outras. Outro fator é a adoção de programas como Mãe Paulistana, e as ações da Coordenadoria de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)/Aids, com todas as iniciativas de assistência e prevenção. A disponibilização do teste de HIV, monitoramento das gestantes e a capacitação dos profissionais para o cuidado contínuo estão entre as medidas adotadas pelo município de São Paulo.

Como o HIV pode ser transmitido pelo aleitamento, a Coordenadoria de IST/Aids oferta para todas as mães que vivem com HIV a fórmula láctea para alimentação do bebê e para os irmãos. Essa fórmula é dada até o primeiro ano de vida do bebê e depois substituída pelo leite integral até os cincos anos de idade. Antes mesmo de sair da maternidade, a mãe recebe um medicamento para inibir a produção de leite e sai de alta com a fórmula láctea.

Crianças com HIV no Brasil: Segundo o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, quanto à categoria de exposição entre os indivíduos menores de 13 anos, em 2019, a maioria dos casos (88,8%) teve como via de infecção a transmissão vertical. A taxa de detecção do HIV em crianças de 5 a 9 anos no ano de 2019 foi de 0,6% tanto no sexo masculino, quanto feminino.

A taxa de detecção de aids em menores de cinco anos tem sido utilizada como indicador para o monitoramento da transmissão vertical do HIV. Observou-se queda na taxa nos últimos dez anos, a qual passou de 3,6 casos/100 mil habitantes em 2009 para 1,9 casos/100 mil habitantes em 2019, o que corresponde a uma queda de 47,2%.

Todas as regiões do país apresentaram queda na taxa de detecção de aids em menores de cinco anos na comparação entre 2009 e 2019. A região com maior queda no período foi a região Sul, com 69,7% de declínio. A redução observada na região Sudeste foi de 43,8%; no Nordeste, de 43,3%; no Norte, de 29,8%; e na região Centro-Oeste, de 25,0%.

No Brasil, entre as mulheres, verifica-se que, nos últimos dez anos, a taxa de detecção apresentou decréscimo em todas as faixas etárias, sendo as de 5 a 9 anos, de 10 a 14 anos, as que tiveram as maiores quedas: 57,1%, 61,5%, respectivamente. Na população geral, as maiores reduções na mortalidade ocorreram nas crianças de 5 a 9 anos (50,0%) e de 10 a 14 anos (66,7%).

Em todo o mundo, dados da Unicef mostram que pelo menos 300 mil crianças foram infectadas pelo HIV em 2020, ou uma criança a cada dois minutos, disse o UNICEF em um relatório divulgado hoje. Outras 120 mil crianças morreram de causas relacionadas à aids durante o mesmo período, ou uma criança a cada cinco minutos.

O último relatório HIV and Aids Global Snapshot (disponível somente em inglês) adverte que uma prolongada pandemia de covid-19 está aprofundando as desigualdades que há muito impulsionam a epidemia de HIV, colocando crianças, adolescentes, gestantes e lactantes vulneráveis em maior risco de não ter acesso a serviços vitais de prevenção e tratamento do HIV.

O relatório observa que muitos países viram interrupções significativas nos serviços de HIV devido à covid-19 no início de 2020. O teste de HIV infantil em países com alta carga diminuiu em 50% a 70%, com novas iniciações de tratamento para crianças menores de 14 anos caindo em 25% a 50%.

FONTE: AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS

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